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AVC - Acidente Vascular Cerebral

A sigla significa Acidente Vascular Cerebral, que ocorre quando o fluxo sanguíneo cerebral é interrompido, seja por uma oclusão ou rompimento de artérias cerebrais. É uma das maiores causas de morte e incapacidade, após os 60 anos.


Com a perda do fluxo sanguíneo e consequente falta de oxigênio e nutrientes, as células cerebrais morrem poucos minutos após, causando ou a morte ou a perda devastadora das funções comandadas pelo cérebro, como mover-se, caminhar, falar, comer, pensar, relembrar, controlar bexiga e intestino.


O AVC é uma situação de emergência; porém, o mais importante, é preveni-lo com medidas simples tomadas no seu dia, fáceis de serem implementadas e que tem papel fundamental na prevenção.


O AVC pode ser de dois tipos: isquêmico ou hemorrágico.


O AVC isquêmico é o mais comum e ocorre quando um grande vaso sanguíneo no cérebro é bloqueado, em geral por um coágulo ou placas causadas por depósito de gordura e colesterol. O AVC hemorrágico acontece por uma ruptura do vaso cerebral causando extravasamento de sangue, o qual destrói e comprime as estruturas cerebrais adjacentes. Em geral o principal fator de risco para hemorragia é a hipertensão arterial, porém os aneurismas cerebrais tem papel importante como causa de hemorragia intracraniana.


Qualquer pessoa pode ter um AVC, porém alguns fatores de riscos já conhecidos e que podem ser tratados e evitados, tem papel fundamental na prevenção do AVC: Hipertensão arterial. Pressão arterial de 140/90 ou maior. Doença cardíaca. É o segundo maior fator de risco para AVC. Diabetes. Pessoas com diabetes tem maior propensão ao AVC. Fumar. Dobra o risco de um AVC. Pílulas anticoncepcionais. Não tomar indiscriminadamente. Além de efeitos trombóticos, podem causar hipertensão arterial. Ataque isquêmico transitório - São conhecidos por mini-AVCs . São sintomas semelhantes mas que duram minutos ou horas e regridem. Pessoas que tiveram um ataque isquêmico transitório tem 10 vezes mais chances de terem um AVC de grande porte. Aumento do colesterol e dos lipídios . Altos níveis de colesterol levam à formação de placa dentro da parede das artérias e rigidez do vaso, levando à diminuição do calibre da artéria e finalmente à obstrução, causando o AVC . O uso abusivo de álcool e drogas ilegais, principalmente endovenosas. Arritmia cardíaca, principalmente fibrilação atrial e doenças das válvulas cardíacas. Fatores como idade e sexo tem papel importante na origem dos AVCs. Para cada 10 anos acima dos 55 anos, o risco de AVC quase dobra. Também os homens são mais propensos ao AVC. A chance de AVC é maior em pessoas com história familiar de AVC .


Quais são os sintomas do AVC?

O AVC é uma situação de emergência. Quanto mais precoce a chegada ao hospital , maior a chance de evitar graves consequências. Os sintomas podem aparecer subitamente. Veja relação abaixo:


  • Fraqueza ou dormência na face, braço ou perna em geral de um lado do corpo

  • Dificuldade de falar e entender

  • Perda ou diminuição da visão

  • Descoordenação motora

  • Dificuldade de caminhar ou mover algum membro.

  • Perda súbita da consciência e convulsões

  • Dor de cabeça súbita e intensa


A situação torna-se extremamente grave e urgente quando o paciente tem perda de movimento de um lado da face, fraqueza ou dormência em um braço e a fala torna-se arrastada e de difícil compreensão. Neste momento, torna-se imperiosa a ida ao hospital. Lembre-se: as 4 primeiras horas após o aparecimento dos sintomas são cruciais para tentar reverter a perda das funções cerebrais.


Diagnóstico do AVC

Após história clínica, chegando ao hospital paciente será submetido a uma série de exames de imagens. Tomografia computadorizada, Ressonância Magnética e Ultrassonografia por doppler: esses exames são essenciais para diferenciar o AVC hemorrágico do isquêmico, a localização, a causa do AVC e se há necessidade de um tratamento seja cirúrgico ou clínico. Testes cardiológicos como eletrocardiograma e ecocardiograma são essenciais na investigação das causas do AVC . O mais importante é que são exames pouquíssimo invasivos, podendo ser feitos com o paciente desperto, dependendo do estado clínico


Tratamento do AVC

Trata-se de uma emergência médica e quanto mais precoce o tratamento,

melhores os seus efeitos. Uso de trombolíticos ou fibrinolíticos. Estas drogas dissolvem os coágulos ou trombos que obstruem as artérias. Quando aplicados nas primeiras 3 ou 4 horas do evento, reduzem os danos as células cerebrais. Nas primeiras horas após inicio dos sintomas , são injetados por via venosa. Os pacientes, dependendo da evolução clínica, são internados na UTI e dependendo da evolução clínica recebem suporte respiratório, monitorização dos sinais vitais como ritmo respiratório, ritmo cardíaco, função urinária e exames laboratoriais. A craniotomia está indicada em pacientes com volumosos coágulos intracerebrais ou intracerebelares.


Como prevenir o AVC

  • Parar de fumar e controlar o uso de álcool

  • Praticar exercícios regularmente, como caminhadas, ginástica, Pilates

  • Manter-se no peso ideal

  • Controlar o uso do sal, açúcar e gorduras

  • Visitar regularmente seu médico, com exames cardiológicos periódicos e

controle da pressão arterial.

  • Não tome aspirina e outros anti-coagulantes sem orientação médica.


Atenção, procure o hospital imediatamente quando:

  • Um lado da face estiver adormecido e caído e quando sorrir, somente um lado contrair-se e o rosto ficar “torto”. Um dos braços está fraco e/ou adormecido.

  • Quando a pessoa tenta levantar os dois braços, um deles cai ou não consegue elevar-se.

  • Dificuldade de falar. A fala torna-se arrastada ou de difícil compreensão e a pessoa não consegue repetir uma simples frase.





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