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Hérnia de disco cervical

Trata-se de uma entidade geralmente degenerativa (alterações ósseas-ligamentares decorrentes do envelhecimento do corpo e/ou da sobrecarga do mesmo) que se expressa muito comumente com dores cervicais (cervicalgia) com ou sem irradiação para os membros superiores (cervicobraquialgia). Muitas são as causas de cervicalgia e cervicobraquialgia. A causa mais comum e que geralmente não requer um tratamento específico consiste no excesso de carga sobre a musculatura paraespinhal cervical. Usualmente é uma dor que está presente ao final do dia, após longas horas de estresse dessa musculatura, de caráter leve a moderado, ou após pequenos traumas da região e que podem ser facilmente tratadas com mudanças dos hábitos posturais e repouso de curta duração, compressas mornas ou gelo, analgésicos comuns, anti inflamatórios não hormonais, e fisioterapia.

Sinais e sintomas e quando procurar o médico.

Existem situações em que os pacientes podem evoluir com dores mais intensas, que não melhoram com o uso de analgesicos/ antiinflamatórios e de caracteristicas neuropáticas (formigamento, queimação, choque, sensação de frio doloroso), que percorrem desde a coluna cervical até a extensão do membro superior afetado, até mesmo fraqueza que afeta determinados grupamentos musculares desta região. Neste caso podemos estar diante de uma hérnia de disco cervical propriamente dita com compressão dos nervos do plexo braquial que vão para os membros superiores, sendo denominada de Radiculopatia cervical. Nesses casos, a avaliação de um neurocirurgião é muito importante, para uma investigação e tratamento adequados.


Em algumas ocasiões a hérnia de disco cervical pode comprimir a medula espinhal, causando a Síndrome de compressão medular cervical ou mielopatia cervical. Trata-se de uma condição mais grave exigindo que os pacientes procurem rapidamente o neurocirurgião.

Sinais de Alarme:


· Tetraparesia (perda de força, geralmente assimétrica dos quatro membros);


· Dor mielopática (Fortes dormências/ queimação nas palmas das mãos, dos pés que não melhoram com medicações convencionais);


· Incontinência esfincteriana ( perda da capacidade de controlar a urina e as fezes);


· Espasticidade (enrijecimento dos membros superiores e inferiores);


· Dificuldade de marcha (perda da capacidade de andar sem auxílio, seja por rigidez, seja por fraqueza).


Quando e como é feita a investigação.


A investigação deve ser realizada em todos os casos de dores cervicais intensas que percorrem os membros superiores, que não respondem satisfatoriamente ao tratamento inicial com analgésicos, antiinflamatórios e fisioterapia ou quando apresentam sinais de compressão medular (sinais de Alarme). Usualmente a investigação compreende a ressonância magnética, tomografia computadorizada e um pouco menos importante, a radiografia da região cervical. A eletroneuromiografia é útil em uma pequena parcela dos casos.


O tratamento é dividido em conservador e cirúrgico. O tratamento conservador é indicado como primeira linha de abordagem desse paciente, exceto nas condições de compressão medular. Esse tratamento é feito através de analgésicos comuns (dipirona e paracetamol), antiinflamatérios (nimesulida, naproxeno, tenoxican, etc), analgésicos mais fortes (como o Tramal® e o Tylex®), antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, ou popularmente o Amitril®) e duais (Geralmente a Duloxetina ou Velija®) além de fisioterapia analgésico-motora. Já o tratamento cirúrgico, indicado nos casos de compressão da medula espinal e nos casos em que o tratamento conservador não foi eficaz visa proporcionar uma descompressão da medula espinhal e dos nervos e a estabilização da coluna cervical através de delicadas próteses de fixação, cirurgia conhecida como artrodese cervical.estes procedimentos são realizados através de técnica microcirúrgica ou endoscópica.


Principais causas de cervicalgia/ cervicobraquialgia são :


· Distensão cervical.


· Doença degenerativa da coluna cervical (que incluem: Espondiloartrose, estenose do canal, hérnia de disco).


· Fraturas da coluna espinal cervical (após traumas ou metástases ósseas).


· Doenças reumatológicas (Artrite reumatóide, Fibromialgia, Polimialgia reumática).


· Doenças ortopédicas (rompimento do manguito rotador, bursite subacromial).


· Malformação de Chiari 1.


· Discite (infecção do disco intervertebral) na coluna cervical.


· Infarto do miocardio.




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