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Neuro-Oncologia

A neuro-oncologia é a especialidade que irá tratar pacientes com tumores cerebrais, tumores da medula espinhal, metástases para o Sistema Nervoso Central ( SNC) ou outras condições neurológicas relacionadas ao câncer.


A neuro-oncologia tem papel crucial no diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer. Um grupo de neuro-oncologia é formado por neurologistas, neurocirurgiões, radiologistas, patologistas, radio-oncologistas, oncologistas, além de um grupo multidisciplinar com fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas.


Os tumores cerebrais aparecem das células do SNC ou de tumores sistêmicos que dão metástase para o SNC. Qualquer câncer pode se espalhar para o sistema nervoso central, isto é a metástase, principalmente pulmão, melanoma ( um tipo agressivo de câncer de pele) e mama.


Os tipos mais comuns de tumores cerebrais são: meningiomas, glioblastomas, astrocitomas e oligodendrogliomas. Geralmente aparecem ao acaso e sem fatores de risco identificáveis.


Os tipos podem variar de acordo com a idade e inclusive crianças podem ter tumores em SNC.


Os principais sintomas são: dor de cabeça (cefaleia), crises convulsivas, déficits focais como: fraqueza muscular, perda de sensibilidade, alterações da fala, alterações visuais. Perda dememória, cansaço, fadiga também podem ser sintomas.


Quando procurar um médico?


• Cefaléia: dor de cabeça é o sintoma mais comum. Geralmente são intensas e constantes, do tipo tensionais. Podem piorar com mudança de posição do corpo (por exemplo quando paciente inclina corpo para frente), tosse. Podem ser piores a noite e acordar o paciente.


Dor de cabeça que pioram seu padrão evolutivamente, aparecimento de náuseas e vômitos são sinais de alerta e paciente deve procurar atendimento médico.


• Crise convulsiva, alterações de força, na fala, na marcha, de sensibilidade ou visuais:

pacientes devem procurar assistência médica imediatamente.


Como fazer o diagnóstico


Exame neurológico: o paciente com qualquer queixa neurológica deverá ser submetido a um exame físico e neurológico completo para avaliar as alterações e possíveis causas relacionadas. Pelo exame clínico é possível até determinar a localização do problema.


Exames de imagem: o exame de escolha para tumores no SNC é a Ressonância Magnética de Crânio com contraste. A tomografia de crânio pode ser usada quando o paciente possui contra-indicação de realizar a ressonância magnética ou em casos de emergência. Se a suspeita é de metástase, exames de rastreamento oncológico no restante do corpo devem ser realizados.


Biópsia e cirurgia: para o diagnóstico é necessária uma amostra do tumor para estudo histopatológico e molecular. Essa amostra de tecido pode ser obtida através da biópsia estereotáxica ou cirurgia. Na maioria dos tumores primários do SNC a amostra é obtida durante a ressecção da lesão. Para esses tipos de tumores, a ressecção cirúrgica máxima é sempre indicada, mas em tumores que estão em áreas críticas a biópsia estereotáxica é uma alternativa. Não podemos tratar o tumor se não tivermos um laudo histopatológico. Depois de coletado, esse material será enviado para a patologia, que através do estudo histopatológico e molecular nos dará o diagnóstico do câncer e de qual tipo de câncer se trata.


Tratamento


• Cirurgia: como descrito anteriormente a cirurgia é o principal tratamento para tumores do SNC. O prognóstico é melhor para os tumores que foram totalmente ressecados. Tumores em algumas áreas não são passiveis de ressecção, pois podem levar a graves disfunções neurológicas e devemos optar por outros tipos de tratamento.


• Radioterapia: é um tratamento no qual se utilizam radiações ionizantes (raios X, por exemplo) para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. Estas radiações não são vistas e durante a aplicação o paciente não sente nada. O número de aplicações necessárias pode variar de acordo com o tipo do tumor e dos estado de saúde do paciente. Para programar o tratamento é utilizado um aparelho chamado simulador. Através do exame de imagem, o radio-oncologista irá delimitar a área a ser tratada. Dependendo da localização do tumor, para que a radiação atinja somente a área a ser tratada, pode ser feito um molde de plástico, para que o paciente se mantenha na mesma posição durante a aplicação.


No caso de tumores do SNC, a radioterapia pode ser realizada após a cirurgia (adjuvante) ou como tratamento definitivo (radical) naqueles tumores que não foram operados.


• Quimioterapia: tipo de tratamento que usamos medicamentos para combater o câncer. No caso de tumores do SNC, a quimioterapia ser aplicada pela veia (venosa) dentro do soro, ou via oral (pela boca) na forma de cápsulas.


No tratamento adjuvante, é usada concomitantemente à radioterapia e depois ser usada sozinha. A duração do tratamento pode chegar a um ano. Os principais efeitos colaterais são fraqueza, enjoo, vômitos, queda da imunidade , anemia. Fraqueza, enjoo, dor de cabeça também podem ocorrer no tratamento com a radioterapia, além de queimaduras na pele.


Quando o paciente não possui condições de cirurgia ou radioterapia e não tem mais possibilidade de cura, chamamos o tratamento de paliativo e neste caso a quimioterapia também pode ser usada como único tratamento.


Alguns tumores podem ter cura, outros podem ter apenas controle, mas todos os tipos possuem algum modo de tratamento. Aos sinais e sintomas indicados, procure sempre atendimento médico.





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